segunda-feira, 25 de abril de 2016

Tucanos divergem sobre cargos e enfrentarão divisão em 2018

O PSDB tem apresentado divergências entre os seus integrantes quanto ao espaço que o partido terá em um eventual governo de Michel Temer, caso o afastamento da presidente Dilma Roussef seja confirmado pelo Senado. Os tucanos tem exposto a divisão que eles enfrentarão em 2018, quando pelo menos três nomes do partido pretendem disputar as eleições presidenciais. Os dois nomes de mais influência da legenda como o presidente do PSDB, senador Aécio Neves(MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos defendem o apoio ao PMDB, mas sem ocupação de cargo o que diverge da visão do senador José Serra(PSDB-SP), que corre por fora na preferência do partido, o intuito é aceitar um ministério e, assim, se alicerçar para o futuro.
A posição de Aécio e Alckmin, que ganhou grande repercussão entre os tucanos, inclusive junto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é de cautela ao eventual governo de Temer.
A avaliação dos tucanos é que o PSDB teria pouco a ganhar, já que Temer enfrentará uma situação de grave crise econômica e política. Na semana passada, Aécio demonstrou em suas palavras uma preocupação: ”Se você indica nomes, vira sócio de algo que não se sabe o que vai ser ainda. Parafraseando Drummond: no meio do caminho, tem um governo Temer. Vamos ver o que fazer com ele. Nosso consenso é que esse será o governo do PMDB, não é do PSDB. Nós temos um projeto próprio para o Brasil que será efetivado por meio das eleições presidenciais em 2018’’, comentou o senador.
Já um interlocutor de Alckmin frisou que o governador e Aécio, estão trabalhando, cada um ao seu modo, para ser o nome do partido em 2018, ambos fazem análises semelhantes a respeito da eventual participação num governo Temer. Os tucanos temem que caso o PMDB triunfe, as glórias pouco agregarão ao PSDB, os bons resultados ficariam, ainda, restritos a José Serra, fortalecendo-se na disputa com Alckmin e Aécio. Caso fracasse, poderá ser prejudicial à imagem dos tucanos e comprometer o projeto da sigla para 2018.

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